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Cirurgia de Desvio de Septo

Sabe o que é desvio de septo? O septo nasal nada mais é do que a parede do meio do nariz, que separa a fossa nasal direita da esquerda. Ele é formado por cartilagem e osso e, durante o período de crescimento na adolescência ou decorrente de um trauma, pode acontecer de ele se desviar para um dos lados. Essa tortuosidade formada pode ou não levar à dificuldades na passagem do ar pelas narinas...

E esta é a queixa principal do paciente que tem um desvio de septo: “Não respiro por este lado aqui, Dra”!

Existem desvios que são leves e, deste modo, não necessitam de procedimento cirúrgico para correção. Para saber se é preciso ou não fazer cirurgia, é necessário um exame minucioso das cavidades nasais com o exame de nasofibrolaringoscopia. 

A cirurgia é feita sob anestesia geral e todo o procedimento é feito por dentro das narinas, sem nenhum corte externo, sob visão endoscópica (com fibra óptica com imagem em tela). O objetivo é colocar o que está torto, reto! 

Além deste procedimento, é comum realizar também a cirurgia de Turbinectomia – que nada mais é do que a remoção parcial dos cornetos inferiores, também conhecidos como "carne esponjosa"... Após sua remoção, é feita cauterização dos mesmos com aspirador cautério. Isto permite que o paciente respire muito melhor, ou seja, que ao invés de ter uma ‘ruelinha’ para a passagem de ar, tenha uma super avenida! 

A cirurgia tem duração aproximadamente de 1 hora e não é necessário, na vasta maioria dos casos, colocação de tampão. O paciente sai da cirurgia respirando pelo nariz! É colocado somente um pequeno molde plástico chamado splint no septo para segurá-lo firme reto por 1 semana e isto é tranquilamente retirado, sem dor, após esse período, no próprio consultório.

Nos dias subsequentes, é comum o paciente começar a reclamar um pouco de nariz entupido pois há grande formação de crostas, no local onde foi operado.

Assim, é extremamente importante a limpeza sistemática do nariz com soro fisiológico de hora em hora, para ajudar na limpeza e na remoção de crostas. Não é comum a ocorrência de dor no pós-operatório.  

Costumo dizer aos pacientes que o cuidado pós operatório com limpeza é tão importante quanto o meu procedimento cirúrgico. Uma cirurgia mal feita não se corrige com lavagem nasal porém uma cirurgia bem feita se estraga com falta de lavagem!!!

Após uma semana é comum o paciente já sentir grande melhora da sua respiração, com menos crostas e menor necessidade de lavagens seriadas.